sábado, 25 de fevereiro de 2012

Segurança pública de Canoas serve de exemplo para cidades da Serra

Município da Região Metropolitana investiu pesado em tecnologia e integração entre instituições públicas. Isso resultou na redução de crimes

Os homicídios em Canoas, um dos municípios mais violentos do Estado, caíram 18% em 2010 no comparativo com 2009. No mesmo período, os roubos e furtos diminuíram 14%. Os índices positivos são resultado da política municipal de segurança.


A cidade da Região Metropolitana tem 111 mil habitantes a menos do que Caxias do Sul, mas nos últimos dois anos investiu muito mais em tecnologia, projetos preventivos e integração entre as instituições públicas. O que acontece em Canoas está servindo de inspiração para os gestores de segurança no Estado, incluindo Caxias.



Obviamente, os índices de violência naquela cidade ainda estão distantes do ideal. Mas é importante reconhecer que hoje se mata e se rouba bem menos lá do que há dois anos. Não há nada de revolucionário no modelo adotado por Canoas, mas sim bons projetos e continuidade, além, é claro, de fortes investimentos.

Desde 2009, o município recebeu R$ 10 milhões do governo federal por meio do Programa Nacional de Segurança Pública (Pronasci). O dinheiro está sendo aplicado em projetos sociais e no reaparelhamento das polícias. Em 2009, quando o município aderiu ao Pronasci, a polícia registrou 155 assassinatos, sendo 29 mortes no bairro Guajurivas.

Por esse motivo, a comunidade recebeu o projeto Território de Paz, que engloba 24 ações efetivas do Pronasci com o intuito de amenizar a violência. De um ano para o outro, a matança no Guajuviras caiu 38%.

Outro diferencial de Canoas é a preocupação com a tecnologia. Lá, em dois anos, foram implantadas 118 câmeras de monitoramento com recursos privados e públicos. O Guajuviras, por exemplo, ganhou 33 sensores acústicos que detectam disparos em via pública. O sistema ShotSpotter é inédito no Brasil e localiza em 10 segundos o local exato do disparo.

Em seguida, emite um alerta na central de monitoramento. Essa tecnologia tem servido para inibir crimes no bairro. Entre 13 de setembro do ano passado e 28 de janeiro deste ano, o sistema captou 1.618 disparos, facilitando a prisão de pelo menos dois suspeitos e o resgate de três feridos.

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